Sistema de Plantio Direto de Hortaliças

15/09/2022

O Encontro Estadual de Orgânicos, promovido pela AEAPR-Curitiba, nos dias 14 e 15 de setembro, trouxe discussões sobre práticas indicadas para melhorar a fertilidade dos solos, na palestra sobre o “Sistema Plantio Direto de hortaliças”, ministrada por Ícaro Petter do IDR de Almirante Tamandaré.

Segundo o especialista, a primeira coisa que precisa ser feita é análise química e física do solo. Na sequência, é indicado fazer as correções, a calagem, o composto, descompactar camadas, semeadura das plantas, rolagem da cobertura, plantio da hortaliça no mesmo dia da rolagem, nutrir as plantas, fazer as reservas do solo, observar o clima e os sinais das plantas. Para o especialista, é possível fazer a sobressemeadura de outra cobertura, mesmo sem ter terminado de colher a hortaliça ou nova hortaliça.

Sobre a avaliação, é indicado ainda avaliar a estrutura do solo, erosão, composição, atividade biológica, enraizamento, entre outros. Para obter uma evolução da complexidade do sistema produtivo, o especialista explica a gradatividade do processo, desde a adubação verde no sistema convencional, passando pelo plantio direto convencional, adubação e rotação, até a substituição de insumos. O princípio norteador é a construção coletiva da transição da agricultura convencional para a agroecologia. Entre os objetivos estão a diminuição de agrotóxicos e adubos altamente solúveis, a dependência de insumos e custos de produção, manter e aumentar a produtividade de cultivos.

Entre os eixos político-sociais estão a decisão consciente em prática do plantio direto, a organização de agricultores, e a valorização da qualidade de vida dos agricultores e produtores. Já entre os eixos técnico-científicos estão a promoção da saúde para as plantas otimizando as situações de conforto para os agrossistemas.

Petter explica que entre as recomendações para viabilizar o plantio direto e o controle de plantas espontâneas estão: escolher áreas com boa fertilidade química, física e biológica do solo; utilizar práticas que evitem a ressemeadura de invasoras; produzir de boa qualidade de palha; usar espécies com efeito alelopático; realizar plantio em épocas adequadas; minimizar revolvimento do solo; evitar período de pousio dos cultivos; utilizar capina manual; e empregar a rotação de culturas.